Guia de Compra de Ar Condicionado em Portugal 2025
Com os verões cada vez mais quentes e os preços da eletricidade a subir, escolher o ar condicionado certo é essencial. Um aparelho pouco eficiente pode aumentar drasticamente a sua fatura de eletricidade. Este guia explica tudo o que precisa de saber sobre as novas etiquetas energéticas, a tecnologia Inverter e os diferentes tipos de aparelhos para fazer uma escolha informada
Como escolher um ar condicionado (Guia para 2025)
A escolha de um ar condicionado adequado começa pela compreensão das necessidades do espaço a climatizar. O primeiro passo é calcular a potência necessária, geralmente expressa em BTU (British Thermal Unit) ou kW. Para um cálculo aproximado, considere que para cada metro quadrado são necessários cerca de 600 BTU, ajustando conforme a exposição solar, número de ocupantes e equipamentos eletrónicos presentes no espaço. Em 2025, os modelos disponíveis em Portugal apresentam tecnologias avançadas como controlo inteligente via aplicações móveis e sensores de presença que otimizam o funcionamento.
Além da potência, é fundamental avaliar características como o nível de ruído (medido em decibéis), funções adicionais (como purificação do ar ou desumidificação) e compatibilidade com sistemas inteligentes de gestão de energia doméstica, cada vez mais comuns nas residências portuguesas. Os equipamentos inverter, que ajustam automaticamente a intensidade do compressor conforme a temperatura necessária, continuam a ser a opção mais recomendada para quem busca economia a longo prazo.
Etiquetas energéticas explicadas (Como poupar na fatura da luz)
O sistema de etiquetagem energética na União Europeia sofreu uma importante atualização, e compreendê-lo é essencial para fazer escolhas económicas. As antigas classificações que iam até A+++ foram substituídas por uma escala mais simples e rigorosa, que vai de A (mais eficiente) a G (menos eficiente). Em 2025, os aparelhos de ar condicionado mais eficientes disponíveis em Portugal encontram-se nas classes A e B, sendo que a diferença de consumo entre um aparelho de classe A e outro de classe D pode representar uma economia anual de cerca de 30% na fatura energética.
As etiquetas também mostram o SEER (Seasonal Energy Efficiency Ratio) para arrefecimento e o SCOP (Seasonal Coefficient of Performance) para aquecimento, valores que indicam a eficiência do aparelho ao longo das estações. Quanto maiores estes valores, mais eficiente é o equipamento. Um bom aparelho em 2025 deve apresentar um SEER acima de 8 e um SCOP superior a 5. A estimativa de consumo anual de energia em kWh também aparece na etiqueta, permitindo aos consumidores calcular antecipadamente o impacto na fatura elétrica.
Ar condicionado portátil ou split: Qual a melhor opção?
Os sistemas de ar condicionado dividem-se principalmente em dois tipos: portáteis e splits (fixos). Os aparelhos portáteis oferecem a vantagem da mobilidade, podendo ser deslocados entre divisões conforme a necessidade, além de não requererem instalação permanente. São ideais para quem vive em arrendamento ou precisa de climatização ocasional. No entanto, são geralmente menos eficientes energeticamente e produzem mais ruído durante o funcionamento.
Já os sistemas split, compostos por uma unidade interior e outra exterior, oferecem maior eficiência, menor ruído e melhor distribuição do ar climatizado. Em 2025, os modelos multi-split ganham destaque no mercado português por permitirem a conexão de múltiplas unidades interiores a uma única unidade exterior, otimizando o espaço e reduzindo custos de instalação para quem precisa climatizar várias divisões. A decisão entre portátil ou split deve considerar fatores como restrições do edifício, orçamento disponível para instalação e tempo de permanência previsto na residência.
As marcas de ar condicionado presentes em Portugal
O mercado português de ar condicionado conta com diversas marcas que oferecem produtos com diferentes características e faixas de preço. Entre as marcas com presença significativa em Portugal, encontram-se a Daikin, Mitsubishi Electric, Samsung, LG e Haier, além de opções como Fujitsu, Panasonic e Midea, cada uma com linhas dedicadas ao mercado residencial e diferentes diferenciais tecnológicos.
Marca | Gama de Preços (€) | Destaques Tecnológicos | Eficiência Energética |
---|---|---|---|
Daikin | 750 - 2.500 | Tecnologia Flash Streamer (purificação) | Classes A/A+ |
Mitsubishi Electric | 800 - 3.000 | Sistema Plasma Quad Plus | Classes A/A++ |
Samsung | 600 - 2.200 | WindFree (sem correntes diretas) | Classes A/B |
LG | 550 - 2.000 | Tecnologia Dual Inverter | Classes A/B |
Haier | 500 - 1.800 | Self-Clean (auto-limpeza) | Classes A/B/C |
Preços, rates, ou estimativas de custo mencionados neste artigo são baseados nas informações mais recentes disponíveis, mas podem sofrer alterações ao longo do tempo. Recomenda-se pesquisa independente antes de tomar decisões financeiras.
O serviço pós-venda e a disponibilidade de técnicos certificados também são fatores importantes a considerar na escolha da marca. Algumas marcas oferecem garantias estendidas de até 5 anos para compressores, um componente crítico que representa uma parte significativa do custo total em caso de avaria. A existência de centros de assistência técnica próximos da residência pode ser determinante para um serviço mais rápido em caso de necessidade de manutenção.
O que saber sobre a instalação de um ar condicionado
A instalação adequada é crucial para garantir a eficiência e durabilidade do ar condicionado. Em Portugal, a legislação exige que a instalação seja realizada por técnicos certificados em gases fluorados, conforme o Decreto-Lei n.º 145/2017. Ao escolher um profissional, verifique sempre esta certificação, pois instalações incorretas podem comprometer a garantia do equipamento e sua eficiência energética.
Entre os aspetos técnicos a considerar estão a distância entre as unidades interior e exterior (idealmente não superior a 15 metros), a existência de uma drenagem adequada para a água condensada e o posicionamento correto da unidade interior para otimizar a distribuição do ar. Para prédios, é necessário verificar o regulamento do condomínio e, em muitos casos, obter autorização para a instalação da unidade exterior. Os custos de instalação variam conforme a complexidade do trabalho, mas geralmente situam-se entre 200€ e 500€, valor que deve ser considerado no orçamento total do investimento.
O planeamento da instalação também deve levar em conta a manutenção futura. Garantir acesso fácil aos filtros da unidade interior e espaço adequado ao redor da unidade exterior para ventilação são fatores que facilitam a manutenção regular e prolongam a vida útil do equipamento.